Um texto de Henri Nouwen para cada dia da Quaresma

13. Transforma o meu pranto em dança

13. Transforma o meu pranto em dança

Mas é precisamente aqui, na dor, na pobreza ou na fraqueza que o ‘Dançarino’ nos convida a levantar e a dar os primeiros passos. É dentro do nosso sofrimento, e nunca fora dele, que Jesus entra na nossa tristeza, toma-nos pela mão, puxa-nos gentilmente, fazendo-nos ficar de pé, e convida-nos a dançar. E descobrimos o caminho da oração, como o salmista: converteste o meu pranto em dança (Salmos 30,11), porque no âmago da nossa tristeza encontramos a graça de Deus. E, enquanto dançamos, percebemos que não precisamos de ficar confinados ao diminuto espaço da nossa tristeza, mas podemos sair dali. Paramos de centralizar a nossa vida em nós mesmos. Chamamos outros para dançarem connosco a ‘dança maior’. Aprendemos a dar espaço aos outros, e principalmente ao “Outro gracioso” que está no meio de nós. E quando nos tornamos presentes para Deus e Seu povo, a nossa vida enriquece-se ainda mais. E constatamos que o mundo é nossa ‘pista de dança’. Nosso passo torna-se mais leve e ligeiro, porque Deus está chamando outros a dançarem também. – Henri Nouwen, em “Transforma meu pranto em dança