A nomeação de Sarah Mullally (63) como líder espiritual da Igreja Anglicana da Inglaterra pode ter um impacto negativo no diálogo católico-anglicano. Essa foi a declaração do Cardeal Kurt Koch, chefe do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos, em um simpósio em Vallendar, perto de Koblenz, no domingo.

A informação é publicada por Katholisch, 03-11-2025.

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04 Novembro 2025

As posições da bispa sobre ética sexual levaram a uma divisão entre a aliança conservadora Conferência Global do Futuro do Anglicanismo (Gafcon) e a Igreja Anglicana, explicou Koch. Isso levanta a questão para a Igreja Católica sobre quem será seu parceiro ecumênico no futuro: “Com quem dialogaremos se a Comunhão Anglicana está tão profundamente dividida?”

Disputa sobre o tratamento das minorias sexuais

Em 2023, o Sínodo Geral da Igreja da Inglaterra, por recomendação dos bispos, decidiu desenvolver um “serviço pastoral abrangente” para acolher pessoas LGBTQI+ – ou seja, lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, intersexuais, queer e pessoas com outras identidades de gênero. Essa decisão encontrou forte resistência, principalmente na África. Como resultado, a rede anglicana teologicamente conservadora Gafcon separou-se da Igreja da Inglaterra.

Há algumas semanas, a bispa Sarah Mullally de Londres foi nomeada pelo rei Charles III como a nova Arcebispa de Canterbury, tornando-se a líder espiritual da Igreja da Inglaterra e a líder honorária da Comunhão Anglicana. Ela é a primeira mulher a ocupar o cargo, que deverá assumir em março.