O MEU COMPROMISSO PARA 2022 …
Para os amigos…

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Recentemente o Papa Francisco num discurso dirigido sobretudo aos sacerdotes (17 de Fevereiro), falava de quatro “proximidades” ou dimensões fundamentais da nossa vida e convidava-nos a interrogar-nos: «Como estão as minhas proximidades»? No contexto quaresmal que nos recorda que “não só de pão vive o homem”, propus-me de renovar o meu compromisso para 2022 para cultivar sobretudo a “proximidade” com os amigos. Partilho-o convosco, com simplicidade.

O Espírito Santo… Padeiro divino!

O pão nosso de cada dia nos dai hoje!
o pão fresco, cada manhã do novo dia.
É o Pai que cada dia dá aos filhos o seu pão,
e o Filho, novo maná, desce do céu
para ser o Pão vivo dos seus irmãos,
e o Espírito Santo é…
– na minha opinião! –
o Padeiro divino que dirige a operação.
Não é por acaso que Ele é invocado
sobre o Pão da Eucaristia
e ter fecundado o seio puro de Maria!
Sim, é Ele, o divino Espírito Santo, que
no coração da noite nos prepara
o pão nosso do amanhã
para o servir, fresco e perfumado,
sobre a nossa mesa da manhã!
Pão para todos, mas não um pão homologado
com um sabor estandardizado;
um pão diferente para cada gosto e paladar!
Imagino Nossa Senhora, em avental,
dando uma mão,
Ela especialista em pão,
desde quando, em Belém, Casa do Pão,
deu à luz o Filho, verdadeiro Pão.
E eu ofereço-me como moço de recados
para entregar no céu, todas as noites,
ao Padeiro divino,
através de Maria, um recadinho
com os vossos pedidos de especial necessidade:
para muitos o pão da saúde ou da serenidade,
para outros o pão do amor e da fidelidade,
ou ainda o pão da paz, da paciência e da bondade.
Aconselho, no entanto, que comamos
o pão que encontramos
pela manhã no prato da jornada
como alimento para a nossa caminhada.
Mesmo que possa parecer
à nossa vista e ao nosso paladar,
aquele pão não ser
o que da vida poderíamos desejar,
quem sabe, talvez o pão da amargura,
ousando, com fé, no Espírito confiar,
encha a nossa vida de doçura!
Da minha parte,
de vós espero a boa graça duma oração
para que não ache nunca
demasiado duro ou salgado este meu pão!

Vosso amigo,
P. Manuel João
Castel d’Azzano (Verona), Quaresma de 2022