A filosofia faliu porque foi malsucedida; enganou e enganou-se, afirma o filósofo italiano radicado no Brasil

Por: Patricia Fachin | 01 Setembro 2020
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Os diferentes fenômenos que observamos nos últimos anos, potencializados durante a crise pandêmica, como o negacionismo científico, a indiferença, a disseminação de fake news e o autoritarismo político, escancaram “a inadequação e a falência do pensamento filosófico da atualidade”, afirma o filósofo Rossano Pecoraro à IHU On-Line.
Segundo ele, comportamentos sociais que negam a ciência, pregam o relativismo, defendem o autoritarismo e propagam fake news são resultado da preponderância de ideias e práticas que, a partir da década de 1960, passaram a dominar o cenário sociocultural, as quais foram germinadas no período pós-segunda guerra mundial. “Um ponto de partida importante, embora não seja o único, é a situação da sociedade e da cultura europeia pós-segunda guerra mundial na qual os alicerces de uma tradição secular, Razão, Progresso, Esclarecimento, por exemplo, são radicalmente criticados e até mesmo destruídos. Eles se tornam réus. São acusados e condenados por terem sido cúmplices dos horrores do Novecento: fascismo e nazismo, o Holocausto, a Shoah, Hiroshima e Nagasaki, a bomba atômica, o colonialismo falo-logo-cêntrico etc. Sob a égide da famosa interrogação ‘é possível pensar depois de Auschwitz?’, manuais e comentadores definem essa época como a época da ‘crise’, da ‘morte’, do ‘fim’, da ‘autorrefutação’, do ‘ultrapassamento’ da filosofia, ou melhor, da metafísica greco-moderna. A jaula opressora e violenta da tradição é destruída. Uma vez identificados os carrascos, trata-se de dar voz às vítimas”, explica.
Essa virada no pensamento filosófico desde o pós-guerra, esclarece, teve, entre outras consequências, a recusa de noções fundamentais, como racionalidade, verdade, justiça e valores com pretensão de universalidade, que são essenciais para o desenvolvimento e o florescimento da cultura humana e de sociedades mais éticas. “Em resumo, o pensamento contemporâneo jogou fora o bebê junto com a água suja do banho em nome de uma ação (hipocritamente) revolucionária que em um punhado de anos – com a cumplicidade das ferramentas e da regressão narcísica típicas da era digital – levou à ascensão de novos e inesperados populismos autoritários, à democratização da impunidade, da violência e dos fascismos sociais (e não somente políticos ou estatais) e à legitimação da pós-verdade (vulgo fake news)”, assegura. Depois de cinco décadas sucessivas de críticas à filosofia anterior ao pós-guerra, Rossano Pecoraro é categórico: “Como podemos nos surpreender se o pensamento filosófico contemporâneo nos repete há décadas que a verdade, o conhecimento e os valores éticos são patéticos, insignificantes, opressivos, ilusórios, pura ficção, fonte de escravidão, violência e horrores?”
Nesta entrevista, concedida por e-mail para a IHU On-Line, o filósofo reflete sobre os efeitos do pensamento filosófico do século XX na sociedade atual e defende a urgência de uma nova racionalidade e de uma nova paideia. “Se me permite a franqueza, penso que nada é possível sem uma nova racionalidade, uma outra ética e um outro saber. (…) Nada é possível se, apenas para dar alguns poucos exemplos, não encontramos a coragem de dizer a verdade (parresia) que certa tradição greco-romana nos ensinou; se não nos engajamos, desde já, na criação de uma paideia contemporânea – formação e educação humana, melhor ainda, o fim em si da educação, o ideal de perfeição moral, cultural e civil a que o homem deve almejar”, conclui.
Rossano Pecoraro é graduado em Filosofia e doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio. Atualmente, leciona na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO.
Eis aí a pura e profunda realidade sociológica e filosófica:
Com a “Copa das Copas®” do PT®, em vez de se construir hospitais, construiu-se prédios inúteis!
A Copa das Copas®, do PT© e de lula©. Sempre se utiliza de propaganda, narrativas e publicidades sofisticadas e bem feitas para enganar e praticar lavagem-cerebral nos meios de comunicação. Não se desenvolve a imaginação.PT tem de ser retirado da mentalidade brasileira a fórceps e jogado no mato.
O pessoal de nossas escolas precisa de Machado de Assis. Villa-Lobos. Drummond. Kafka. Graça Aranha, Aluísio de Azevedo, do Maranhão. Rachel de Queiroz.
O que precisamos de mais no Brasil é de escolas. E das boas: de qualidade.
As escolas EaD, à distância (atual, devido a pandemia) são péssimas.
Não se aprende bem. O que mais o Brasil precisa na real e atualmente é de alta literatura. Alta cultura. Mas escolas sobretudo. O PT é barango. O Kitsch político contemporâneo.
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